domingo, 3 de novembro de 2013
Como entender a verdade revelada em Mateus capítulo 16, versículos 13 ao 19:
‘’ Chegando à região de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: ‘’Quem as pessoas dizem que é o Filho do homem? Eles responderam: ‘’Alguns dizem que é João Batista; outros Elias; outros; Jeremias ou um dos profetas’’. Então ele perguntou-lhes: ‘’E vós, quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: ‘’Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo’’. Em resposta, Jesus disse: ‘’Feliz és tu Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue quem te revelou isso, mas o Pai que está nos céus. E eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e as portas do inferno nunca levarão vantagens sobre ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo que ligares na terra será ligado nos céus’’. (Bíblia Sagrada, Evangelho de São Mateus 16,13-19).
Analisando essa passagem Bíblica pausadamente, podemos ver que Cristo ao perguntar sobre o que o povo falava de quem ele era recebeu uma resposta desagradável. Pois como podemos ver o povo não acreditava que Jesus era o Messias. Jesus ao se deparar com essa resposta ele depois dirige a pergunta aos apóstolos. Quando ele dirige essa mesma pergunta aos seus discípulos, mostra que dessa vez foi mais comprometedora. Pedro assim que escuta a pergunta, logo responde: ‘’Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo’’. Pedro então com essa atitude de fé e coragem, mostra para Jesus que não se comporta como o povo, e sim conforme a verdade que Deus o revela. Quando as palavras de Pedro chega aos ouvidos de Jesus Cristo, o Cristo declara que quem revelou essas palavras a Pedro não foi a carne e o sangue, ou seja, não partiu do homem Pedro e sem de Deus que revelou a Pedro. Imediatamente Jesus então com suas veneráveis palavras diz:
‘’ Feliz és tu Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue quem te revelou isso, mas o Pai que está nos céus. E eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e as portas do inferno nunca levarão vantagens sobre ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo que ligares na terra será ligado nos céus’’ (Mateus 16,18-19).
Nesse momento Jesus primeiramente chama Pedro por seu nome próprio que era Simão, o filho de Jonas [Barjonas . Bar = Filho Jonas = Seu pai. Ou seja Filho de Jonas]. Para que assim possa aludir a troca de nome, que encontramos em João 1,42. Aqui percebemos a escolha missionária que Cristo fez para com Pedro. Mudando o seu nome, isso acontece referente à missão da pessoa. Pedro foi escolhido por Cristo para exercer uma missão com seu povo. Pois como vimos as palavras que saíram de forma solene da boca de Pedro foram reveladas por Deus. Da mesma forma quando o Papa se pronuncia de forma solene, está se pronunciando sendo movido pelo Espírito Santo, assim como Pedro foi. Quando na Sagrada Escritura existe a expressão ‘’Carne e Sangue’’ é utilizada para designar a natureza humana, que é falha e mortal, que mostra que o homem por si só é impotente para compreender as coisas divinas. Por este motivo, sabemos que Pedro, quando se pronunciava de forma solene, era movido pelo Espírito Santo, Pedro foi o porta-voz de Deus.
Continuando Jesus afirma com suas veneráveis palavras: ‘’Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e as portas do inferno nunca levarão vantagens sobre ela’’ (Mateus 16,18). Cristo nesse momento realiza aquilo que outrora falou em João 1,42. De forma Solene, Cristo utiliza a palavra ‘’Kepha’’ que tem o mesmo significado de ‘’Rocha’’. Na língua aramaica não há nenhuma diferença no nome ‘’Pedro’’ e no nome comum ‘’Pedra’’, pois ambos se expressam com essa mesma palavra ‘’Kepha’’. De fato Jesus pronunciou: ‘’Tu és Rocha e sobre essa Rocha edificarei a minha Igreja’’. Sabemos que a Palavra Igreja não é mencionada em nenhum dos outros evangelhos, mas sim somente no evangelho de São Mateus, e é apenas duas vezes, em Mateus 16,18 e em Mateus 18,17. Igreja significa a congregação onde está o verdadeiro povo de Deus, ou seja, que forma o reino messiânico.
As expressões metafóricas de Cristo tinham um significado fácil de compreender. Ele é o arquiteto. O edifício que edifica é a Igreja. A base ou fundamento firme e estável, que dará consistência e duração ao edifício é Pedro (cf. 7,24). E, como se trata de um edifício não físico e material, mas sim moral, isto é, de uma sociedade formada por todos os fiéis, sendo por tanto necessária uma autoridade suprema, a que todos obedeçam, para dar estabilidade e firmeza a esta sociedade, é simplesmente prometida a São Pedro a autoridade suprema sobre a Igreja, ou, o que dá no mesmo, o primado de jurisdição. As metáforas [das "portas", das "chaves do reino" etc.] que seguem, põem em maior relevo este pensamento.
Para quem não sabe as ''portas'' significam muitas vezes na Sagrada Escritura uma fortaleza, como que uma cidade protegida por muralhas, como podemos ver em Gênesis 21,17; 24,60.
Continuando Jesus Cristo afirma: '' E eu te darei as chaves do Reino dos Céus: Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus''.
Aqui podemos mergulhar em toda a autoridade do Santo Magistério da Igreja. Se todos tivessem a humildade de acolher tais palavras de Cristo, tenho certeza que não duvidariam das definições solenes do Santo Papa. Na antiguidade as ‘’chaves’’ era um sinal de autoridade de governo. Quem recebesse as ‘’chaves’’ de uma cidade, por exemplo, era receber a autoridade de governar aquela certa cidade.
O ligar e o desligar, representam a autoridade do Papa de decretar dogmas. O Papa tem autoridade de falar de forma solene o que se deve ser obedecido pelos fiéis. Pedro recebeu essa autoridade, para que ele fosse o governante da Igreja. E esse governo de Pedro tem que ser respeitado. Pois sabemos que é Deus quem age na voz do Papa, assim como agiu nas palavras de Pedro em Mateus 16,16 a Bíblia mostra isso com muita clareza.
Por: Daniel Silveira Fonteles Linhares.
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